Trabalho numa locadora de vídeo,lá,a primeira frase do cliente é:´´tem filme novo?``. Quando sou eu quem indica, a frase muda:´´Ixi,esse é velho né?``
Esse acontecimento trivial me leva a pensar o seguinte:Por que essa sede exacerbada pelo novo e esse consequente desprezo pelo velho?
É eu sei,eu sei,temos uma necessidade que é mesmo inerente ao ser humano,essa de sempre inovar,transformar,reformar,aperfeiçoar, em fim, mudar as coisas para que elas não se tornem cansativas e enjoativas e para que acompanhem o desenvolvimento, dando assim um novo sentido a vida,´´melhorando-a``.
A mídia e o mercado (os dois grandes inimigos do intelectual ´ e também do pseudo`) se aproveitam desse nosso ´´anseio natural e nos ofertam a cada dia, hora,minuto, SEGUNDO! Novas informações,fofocas,produtos NOVOS.
Sofremos então uma lavagem cerebral (clichê de pseudo-intelectual eu sei) que nos leva a acreditar que estamos sempre desatualizados quanto a tudo e em relação a todos.
Mas, afinal, por que estou escrevendo tudo isso? Todo mundo sabe disso!
Só queria alertar meus poucos mas queridíssimos leitores para que amem também o velho!
As histórias de vovôs nem sempre são chatas como a gente vê na TV, eles são uma fonte de conhecimento impressionante e grandemente edificante; a música das décadas passadas pra mim é a melhor do mundo! Experimentem ouvir algumas; os filmes(tenho que vender meu peixe) antigos são fantásticos.
Vejamos o exemplo das nossas honoráveis mulheres (A quão maravilhosas e imprescindíveis à nossa existência e alegria você são!) : Não querem nem saber de homens mais novos do que elas,por menor que seja a diferença de idade ´´não quero cuidar de menino`` em suas doces palavras.
Em fim, se você tem um celular, um carro ou um computador que quem quer que seja diga para você que está ´´super ultrapassado`` mas o mesmo serve para você como uma luva e não há a mínima necessidade de substituí-lo fique com o bixim.
Postado por: Villy Guimarães
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